sexta-feira, 22 de agosto de 2008

10 coisas sobre Software Livre que todos deveriam saber

Um dos principais defensores do mundo do movimento de software open-source, Brian Behlendorf, falou na Digital Freedon Expo, Universidade Western Cape, descrevendo as “Dez coisas que você pode não saber sobre o Open-Source”.

O Behlendorf foi um desenvolvedor chave do serviço de Web Apache, sobre o qual mais da metade dos sites web do mundo rodam.

Aqui estão as dez coisas que você pode não ter um bom conhecimento sobre o software open-source:

1. O open-source antecede o software proprietário

A visão comum é que o open-source é algum tipo de idéia nova radical, mas de fato, embora não expressamente chamada de open-source, o código fonte do primeiro software de computador esteve aberto à observação e modificações. Nos primeiros dias da computação, quando os computadores centrais eram entregues em caminhões, as companhias forneciam o software e, de fato, era esperado que fossem modificados. Este modelo foi à regra e foi só em 1976 quando Bill Gates postou a famosa carta no Clube Computacional Homebrew que exigia que as pessoas deixassem de compartilhar o seu Altair BASIC que a idéia do software proprietário começou a emergir. A Fundação Software Livre foi começada em 1985 em resposta ao que foi visto como a nova idéia do software que se conservava com código secreto.

2. Apache manteve a web sólida e livre

O Apache foi lançado em 1995, tempo em que o Netscape era o navegador da web dominante e houve um medo de que, se a mesma companhia possuísse o mercado de navegadores e o mercado de servidor, eles teriam um controle muito grande e poderiam cobrar das companhias um imposto nos moldes da hospedagem de web. O lançamento do Apache foi feito com um duplo objetivo. Houve aspecto pragmático de esforços que se combinam do melhor desenvolvimento e houve aspecto idealista de guardar HTTP (protocolo de transferência de hipertexto) como um padrão aberto.

3. Open SSL manteve a criptografia disponível para todo mundo

Open SSL é uma biblioteca de rotinas matemáticas usada para a encriptação de dados que Behlendorf acredita ser o melhor grande exemplo “da segurança pela transparência”. No passado, os militares dos Estados Unidos estavam muito preocupados com os perigos que a encriptação de dados poderia servir e o governo classificou a encriptação maior do que 40 bits como “munição”, tornado ilegal exportar qualquer software com encriptação maior que 40 bits (Isto é um nível de encriptação muito inseguro e facilmente quebrado. Os padrões de segurança atuais estão em torno de 128 bits). Open SSL, que foi capaz de prover a encriptação em uma plataforma Open-Source, fez esta lei discutível. Como o código que foi responsável pela encriptação pode ser visto, é confiável. Incidentemente, esta lei de encriptação ainda existe nos Estados Unidos, mas ela não se aplica ao software Open-Source.

4. Open-source ajudou a liberar o genoma humana

Antes que o mapeamento do genoma humano tivesse sido concluído, um consórcio comercial, Celera, estava seqüenciando o genoma com a intenção de patenteá-lo. Esta idéia irracional de patentear uma descoberta e não uma invenção começou a deixar muitos geneticistas preocupados. Aproximadamente em 2002 um estudante do doutorado, Jim Kent, escreveu 10000 linhas de código em Perl, desenvolvendo um programa que pudesse executar o número reduzido de dados brutos que foram necessários na seqüência do genoma. Este programa então foi rodado em mais de 100 servidores Linux e o genoma inteiro foi seqüenciado com sucesso alguns meses antes da Celera ter terminado.

5. Microsoft ama o Open-Source

Tão estranho que possa parecer, Behlendorf explicou que a Microsoft tem benefícios do desenvolvimento Open-Source e também incluiu seu software, que embora não “etiquetado como Open-Source”, para que tenha o código-fonte aberto. O primeiro uso do TCP/IP no Windows foi um porta do código da Berkley. Ele citou o trabalho que a Microsoft fazia com os programas de fonte abertos como MySQL, SugarCRM e JBoss. Codeshare, Channel 9 e outros web sites também foram citados como sinais positivos de que o gigante proprietário é aberto. Além disso, como Behlendorf exprimiu, “dragged kicking and screaming into the future”.

6. O altruísmo não é a única razão por que as pessoas contribuem para software Open-Source

Muitos contribuidores usam o software profissionalmente e se encontram realizando coisas como correções de falhas e adicionar novas características é muito mais fácil colaborando dentro de um grupo. Segundo uma pesquisa feita em 2006, a base existente de FLOSS representa 131.000 anos reais de esforços de uma pessoa desenvolvendo. Os custos do compartilhamento de código são baixos enquanto os benefícios são altos.

7. As comunidades online podem de fato fazer coisas

Enquanto a colaboração internacional entre vários contribuidores voluntários é de natureza propensa à desordem caótica, há uma nova espécie de gerência de software que está emergindo que maximiza o número de voluntários e o seu potencial para fazer uma diferença. Como há transparência, qualquer um pode ver o que foi feito no projeto, tornando fácil participar do mesmo.

8. O mais importante da liberdade: o direito ao Fork

Alguém pode criar a sua própria versão de uma parte existente do software Open-Source. Isto é importante na prevenção da monopolização do software. Este aspecto de OSS é o cheque essencial no poder do líder de desenvolvimento, como eles devem estar bastante abertos às necessidades e querem que a equipe deles não levem as pessoas a um outro projeto.

9. O Open-Source ainda pode modificar o mundo

Behlendorf acredita fortemente no poder do Open-Source para fazer o mundo um lugar melhor, citando muitos exemplos. Dentro do governo, ele acredita que o software Open-Source pode ajudar imensamente na contagem de votos de uma eleição de um modo digno de confiança e também com a transparência de ações de governo e política. Para países como a China onde é restringido o acesso à Internet, a Open-Source já foi próspera na ajuda de pessoas dentro desses países a conseguir o maior acesso superando a censura exercida neles. O terceiro mundo pode se beneficiar muito por iniciativas como o "Projeto Um Computador Portátil por Criança (OLPC)", que roda inteiramente sobre software Open-Source, com o objetivo duplo da criação e produção mais baratos e para que a suite possa ser modificada de acordo com as necessidades específicas de cada país. Luta de gerência de direitos digitais foi outro exemplo dado.

10. O Open-Source precisa da sua ajuda (seja quem for que você seja)

Cada pessoa que queira ajudar não precisa ser programador para ser capaz de dar suporte em projetos Open-Source. Pode começar a ajudar somente testando. Os programas recomendados que podem ser rodados em um sistema Windows incluem a suite de escritório OpenOffice e o Navegador de Web Firefox. Há um número de distribuições do Linux com CD “Lives” que pode ser testado sem modificar o seu CD, como Ubuntu. O desenvolvimento Open-Source acontece por fóruns e a participação em um fórum pode ajudar. Se você encontrar uma falha em uma aplicação Open-Source, informe aos desenvolvedores; isso também será muito útil. Outra forma de não-programadores bilíngües ajudar é  na tradução do texto do programa.

Fonte: Tectonic

quarta-feira, 20 de agosto de 2008

Intel e Yahoo! exibem plano de web na TV


A Intel e o Yahoo! revelaram um projeto, em desenvolvimento, que promete colocar aplicativos web na TV.

Chamado de Widget Channel, o produto é uma soma de hardware e software.

O hardware é um chip para TV’s e dispositivos móveis que captam sinal de TV criado pela Intel. Já o software é um engine do Yahoo! que torna as aplicações web inelegíveis para o chip da Intel.

Na prática, um televisor com o chip instalado pode exibir na tela serviços de internet como previsão do tempo, e-mails, mensagens instantâneas e até ferramentas de rede social, como o serviço de microblog Twitter e o álbum de fotos online Flicker.

Ao habilitar o “Widget Channel”, uma barra horizontal aparece no rodapé do televisor e o usuário pode navegar em aplicações web ao mesmo tempo em que o aparelho capta sinal de TV.

Não há uma data para o serviço estrear comercialmente, mas testes já são feitos nos Estados Unidos em parcerias com emissoras como MTV e fabricantes de aparelhos de TV.

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Origem de alguns termos da informática

Estava procurando na internet a origem de alguns termos e nomes utilizados na informática e descobri coisas muito interessantes na Wikipédia. Vejam só:
  • Boot (ou bootstrapping) – a expressão boot (ou “dar o boot” em um computador) foi inspirada pela história do Barão Munchausen, que alegava ter saído de um pântano puxado pelos cordões das próprias botas.
  • Bug – uma falha em um programa de computador que o impede de funcionar corretamente. O termo é geralmente (mas erroneamente) creditado a Grace Hopper. Em 1946, ela trabalhava no Laboratório de Computação da Faculdade de Harvard, onde rastreou um erro no Harvard Mark II até chegar a uma mariposa enredada em um relé. Este inseto (bug, em inglês) foi cuidadosamente removido e colocado no livro de registros. Entretanto, o uso da palavra “bug” para descrever defeitos em sistemas mecânicos remonta pelo menos aos anos 1870. Thomas Edison foi um que usou o termo em suas anotações.
  • Daemon – um processo que roda num sistema operativo em nível não perceptível pelo usuário (em background). É falsamente considerado um acrônimo para Disk And Execution MONitor (monitoramento de disco e execução). De acordo com a equipe que introduziu o conceito, “o uso da palavra daemon foi inspirada pelo “demônio” da física e da termodinâmica de Maxwell (um agente imaginário que ajudava tipos de moléculas de velocidades diferentes e trabalhava incansavelmente nos bastidores)”. Seu uso mais antigo parece ter sido na expressão “daimon de Sócrates”, que significava seu “espírito-guia interior; seu gênio”, também um equivalente pré-cristão de “anjo da guarda”, ou, alternativamente, um semideus (tendo apenas uma conexão etimológica com a palavra “demônio”). O termo foi adotado, e possivelmente popularizado, pelos SO’s Unix: vários serviços locais (e mais tarde, na Internet) eram providos por daemons que mostra um . Isto é exemplificado pelo mascote do BSD, o desenho de John Lasseterdiabrete amigável (© Marshall Kirk McKusick). Assim, um daemon é algo que trabalha de modo mágico, sem que ninguém tenha de se preocupar muito com isso.
  • Java – Foi originalmente chamada de D, mas a semelhança com uma nota ruim num boletim escolar fez com que o criador do Java, James Gosling, a renomeasse para Oak Sun. A equipe de programação teve que procurar outro nome, pois já havia uma linguagem chamada Oak. Java foi o nome selecionado de uma lista de sugestões, principalmente porque é uma gíria para café, especialmente aquele que cresce na ilha de Java. Como os programadores bebiam muito café, este pareceu ser um nome apropriado.
Estas aqui não foram encontradas na internet, mas utilizando certa lógica, dá pra interpretá-las (ou não):
  • ls – Comando do UNIX. Acrônimo de List and Search (Listar e Procurar);
  • rm – Comando do UNIX. Acrônimo de ReMove (Remover);
  • cd – Comando utilizado tanto no UNIX quanto no MS-DOS. Acrônimo de Choose Directory (Escolher Diretório);
  • mkdir -Comando do UNIX. Acrônimo de MaKe DIRectory (Criar Diretório).